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Integração da equipe em uma campanha eleitoral

O mais indicado é que o candidato tenha uma equipe que atue em todos os setores. Claro, dividida nas áreas afins. Porém, não é sempre isso que ocorre, principalmente nas cidades de pequeno e médio portes, quando os recursos econômicos não permitem gastos além “dos convencionais”.

Não podemos nos esquecer de que o custo das campanhas eleitorais tem sido cada vez maior. Longe da discussão entre se deveríamos ou não ter financiamento público nesse caso, nos interessa, neste momento, discutir apenas a situação de montagem da equipe. Ao longo dos últimos anos, a presença e participação dos Marquetólogos, ou Consultores Políticos, tem sido algo fundamental. Isso pode ser considerado extremamente positivo, pois trata-se de um nicho de mercado que encontra cada vez mais espaço.

Pois bem, pensando nisso, é comum vê-los como deuses, pois muitos se vendem dessa forma, capazes de reverter realidades impossíveis. Na maioria das vezes, quem age dessa maneira falta com a responsabilidade que a profissão requer. Afinal, não é bem assim, pelo contrário, é preciso entender que, em eleição, há uma série de fatores que precisam ser consideradas para se obter um vitória ou uma derrota. É claro que a presença do profissional é importante, muitas vezes decisiva, mas não pelo fato dele ser um bruxo, mas sim por possuir técnicas que vão permitir identificar e corrigir erros que podem ser decisivos na definição eleitoral.

O Marquetólogo de hoje possui um desafio a mais: entender o papel das mídias sociais no processo eleitoral. Digo que é desafio, pois, nem sempre, há espaço para se aprofundar nesse tema tão complexo, e tão importante quanto o uso dessas novas mídias. Por essa razão, em muitos casos, há os que acreditam que vão resolver a situação apenas contratando uma empresa para cuidar da presença online de seus candidatos. Engano, pois se nem eles entendem a diferença entre redes e mídias sociais, como vão poder planejar e exigir ações nessas duas esferas?

As redes e mídias sociais são uma realidade. Ainda há muito a se definir e se construir quanto a isso. Todos sabem que elas vão ser importantes, mas muitos não sabem como. E o não saber pode vir a ser o primeiro passo para o fracasso na utilização dessas ferramentas. Em mídias sociais, o erro de estratégia, ou a falta dela, pode trazer prejuízos bastante significativos.

As mídias e redes sociais ainda são pautadas pelas mídias tradicionais, mas há muitos casos em que o processo inverso também ocorre. Uma prova clara disso é o fato que envolveu o vereador da cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, que ganhou destaque nacional ao postar uma mensagem em seu perfil no Facebook na qual dizia ser grato ao povo por ter dado a ele uma vida de príncipe. Com certeza, em nenhum momento, o legislador pensou que seria destaque no Jornal Nacional, da TV Globo. Com certeza, não sabia que seu perfil na rede social lhe causaria tanto problema. Uma demonstração clara de falta de estratégia e de conhecimento sobre a utilização e finalidade da ferramenta.

Por isso, destacamos que tanto quanto o candidato, que precisa ter o mínimo de conhecimento sobre o poder, as possibilidades, oportunidades e riscos das redes e mídias sociais, todos da equipe, inclusive os Marquetólogos, devem ter o mínimo de conhecimento correto sobre elas. E olha que eu destaquei que devem ter o mínimo, sendo que o melhor seria conhecer ao máximo, para fazer o melhor uso delas. Conhecendo a fundo as mídias e redes sociais, todos vão poder tirar mais proveito dela e diminuirão a possibilidade de erros.