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O que o eleitor espera de um candidato nas redes sociais?

“O que o eleitor quer de mim nas redes sociais?” Essa pergunta me foi feita por um cliente, logo que nos contatou para discutirmos a participação dele na internet nos períodos de pré-campanha e eleitoral. Uma pergunta simples, mas que, com certeza, permeia o pensamento de muitos dos que já estão nas ruas com suas campanhas, com vistas ao pleito de outubro.

Pois bem, a resposta é bem simples: o eleitor espera relacionamento. O candidato precisa entender que vale para as eleições a regra básica das redes sociais: as pessoas estão em busca de se relacionar. Para gerar relacionamento, deixar o eleitor conhecer o candidato, é preciso que aquele que quer estar na rede se liberte dos preceitos de que a campanha se baseia no que ele, candidato, quer falar. Sim, o que ele quer dizer pode ser mesmo importante, mas o eleitor, o internauta, quer poder também se expressar, obter respostas.

Ele quer conteúdo, informação, troca, como em qualquer outra relação que ele gera na internet. Por isso, não adianta o candidato ir para a rede apenas por ir, sem saber o que e como fazer. O planejamento é essencial! Além disso, é necessário entender que as redes sociais podem ser uma aliada, mas não a salvação da campanha. Se não houver boas propostas, um plano de governo factível, que atenda às necessidades da população; se não houver o interesse em ouvir essa população, a ida para as redes sociais poderá ser um fracasso.

É preciso que o candidato entenda (e para políticos nem sempre isso é simples), que ele não pode controlar o que vão falar dele. Por isso, o medo de ir para a internet, que toma conta de muitos candidatos, não pode existir, pois se existir, não tem razão para estar na rede. Porém, não ocupar esse espaço, não significa que ele não será citado, nem tampouco que deixará de ser criticado, se houver motivo. A questão é que se estiver com um trabalho sério nas redes sociais, as respostas poderão ocorrer de forma mais rápida e a credibilidade que conquistar permitirá que seja ouvido.

Por fim, se estamos falando em relacionamento, ele precisa começar o quanto antes. Um bom relacionamento se faz na base da confiança, e não se conquista confiança às vésperas da eleição. É algo natural, que acontece com o tempo. E o tempo não pode ser definido por uma estratégia de campanha apenas, como dois, três meses antes da eleição. Esse tempo é definido naturalmente, pela forma como você se relaciona. Por isso, não há regra, apenas a certeza de que às vésperas da eleição você não vai conseguir se relacionar, pois ficará claro que sua intenção é apenas tentar o voto, a qualquer preço.